Pesquisa divulgada nesta terça-feira, 24, pelo Instituto Data Popular revela que 75% dos brasileiros acreditam que o ano
de 2015 será pior do que 2014 para o país, em termos de emprego.
de 2015 será pior do que 2014 para o país, em termos de emprego.
A sondagem foi feita entre os dias 26 de janeiro com 78.222 entrevistados de 259 cidades.
O
pessimismo é maior na faixa de 35 anos a 60 anos de idade (em torno de
78%) e predomina nas regiões Sul (81%) e Sudeste (75%), disse o
presidente do Data Popular, Renato Meirelles. No Nordeste, a percepção
de piora do emprego é mais baixa (68%).
Entre
os jovens com 16 a 24 anos de idade, há maior otimismo em relação à
questão do emprego no país, este ano. O índice atingiu 34%.
Quando
indagados sobre a possibilidade de aumento ou redução de impostos
durante 2015, 62% dos brasileiros disseram que vão aumentar.
“Isso é maior entre os homens (70%) do que entre as mulheres (56%) e também maior na Região Sul (81%)”. De novo, o Nordeste se mostra mais otimista, com expectativa de diminuição de impostos para 46% dos consultados.
Em
relação a preços, a maioria absoluta dos entrevistados (85%) acham que
seguirão em ritmo crescente. A Região Sul continua a mais pessimista do
país, com 90% de respostas que os preços continuarão em alta.
Renato
Meirelles explicou que no sul do país há uma maior concentração de
pessoas das classes A e B. A região apresenta uma economia que
historicamente vem crescendo menos em comparação ao restante do Brasil,
nos últimos dez anos.
Meirelles acrescentou que a maioria absoluta da população brasileira é formada pela classe C. “E
para esta classe C, crise não é exceção. Crise é regra. Tenho hoje 42%
da classe C que estão fazendo “bico” (trabalho temporário ou pequeno
serviço) para conseguir uma renda extra. Eles estão ligando para o
vizinho para fazer compra no atacado ao invés de fazer no varejo. A
classe C está se virando mais do que no passado”.
Sobre
salários, a pesquisa revela que mais da metade dos brasileiros, ou o
equivalente a 52%, avaliam que não haverá aumento em 2015, 36% acham que
vão ter aumento abaixo da inflação e apenas 5% acreditam que vai ter
aumento real, isto é, acima da inflação. “A maioria absoluta acha que não vai ter aumento”.
Segundo
informou Renato Meirelles, essa é a primeira vez em 14 anos, desde que a
pesquisa sobre o tema foi iniciada pelo Instituto Data Popular, que os
índices são tão pessimistas.AGENCIA BRASIL
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