EDUCAÇÃO CONTROVERTIDA
Estamos vivendo hoje em um país onde os números falam mais
alto que a própria percepção e bom senso do cidadão; Onde o (IDEB) Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica é camuflado bienalmente; onde o professor passou de
transmissor de conhecimentos para educador básico e cuidador de crianças, isso mesmo cuidador, palavra esta que representa alguém que cuida. E porque esta referência? Simplesmente porque, o professor hoje exerce mais de uma função, recebendo uma responsabilidade que não lhe pertence: a
de educar, no sentido primordial de um dicionário qualquer. Nesse processo de
formar cidadãos (porque a responsabilidade agora cai única e exclusivamente
sobre o profissional da educação) exclui-se, quase que em sua totalidade, a
participação familiar e política desse pré-cidadão, ou seja, estas outras partes, teriam que exercer suas funções na educação dos cidadãos; expõe-se pré-adolescentes,
adolescentes e profissionais ao barbarismo e conquistas medievais, guerras
travadas diariamente por um espaço na sociedade. Fala-se constantemente da
erradicação da miséria. Promovem-se projetos, distribuem-se benefícios e
engana-se uma nação inteira falando asneiras. Escondem-se atrás de algumas notas de reais uma realidade que,
aparentemente, é aceita por aqueles que são beneficiados. Esquece-se, porém,
que uma nação necessita de muito mais que apenas algum dinheiro no bolso; que a
promoção cidadã é galgada diariamente com muito esforço, suor e educação. Nesse contexto, todos se
prejudicam: educandos e educadores, filhos e pais, cidadãos e país. O reflexo
de tudo isso será percebido por gerações próximas; tendo em vista que num futuro próximo as nossas vidas serão cuidadas e
comandadas pela geração atual que desrespeita, agride e
expõe-se, orgulhosamente, à regressão nas mídias. A
fragilidade do sistema eleitoral é perceptível à impunidade, regra imperativa
nesse país.
Comentário: Scarcela Jorge.
EDIÇÃO: AJ.
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