Policiais
de Timon ficaram chocados na manhã de domingo (25) quando viram os
corpos ensanguentados de Lourival Rodrigues da Silva, 73, e Joana Borges
de Oliveira e Silva, 71. Eles foram mortos a golpes de machado, faca e
serrote pela sua filha adotiva Lineuza Oliveira e Silva, 24.
Timon
é uma cidade do Maranhão. Tem 150 mil habitantes e fica a 450 km de São
Luís, a capital do Estado. Faz fronteira com Piauí.
O
delegado Ricardo Hérlon Furtado disse que, em depoimento, a jovem
descreveu como matou os país quando estavam dormindo. “Ela subiu na
mãe, desferiu o primeiro golpe e depois outro.”
Nas últimas semanas, Lindeuza falava muito em ficar rica – uma obsessão.
Ela
cometeu o crime porque os seus pais teriam lhe negado dinheiro para
pagar o dízimo da Igreja Universal e já teria vendido a TV dos pais para
pagar o dízimo.
“O
pastor disse que, se aumentasse o valor do dízimo, se desse R$ 5 mil,
ela ia ganhar muito mais de volta, de Deus”, falou uma vizinha. “Então
ela foi pedir o dinheiro para os velhinhos.”
"Ela está com certo grau de fanatismo religioso", disse Wládia Olanda, que é a delegada que colheu o depoimento da moça.
Lineuza
sofre de transtornos mentais, segundo parentes e vizinhos. Dizia que
vozes mandavam ela matar sua família, incluindo seus quatro filhos – um
casal de gêmeos de 2 anos, uma menina de 4 e uma menino de 5. Todos
moram com o pai desde quando ele se separou dela.
Um
pastor da Universal — que pediu à imprensa que seu nome não seja
publicado — falou que a jovem tinha deixado de frequentar os cultos há
nove meses. Disse que ela também ia a Igreja Paz e Amor, e negou que
tivesse pressionado-a por mais dízimo.
Em
entrevista a jornalistas [vídeo abaixo], Lineuza não deu conta da
gravidade do seu crime. Elogiou a Universal e, em relação à morte dos
país, falou que “do pó viemos e para o pó iremos”.
O
delegado encaminhou Lineuza para exames psiquiátricos e vai ouvir os
pastores responsáveis pela Universal do bairro Formosa da cidade.
onte: www.paulopes.com.br
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